Indique o Site!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Como se ler uma cifra?


Cifras


Outra maneira de notar os acordes é através da cifra, ou notação anglo-saxônica. Nela, os nomes dos acordes são identificados pelas primeiras sete letras do alfabeto, a começar pelo acorde de fundamental lá, que recebeu a denominação A. Para a indicação de acordes menores, faz-se o uso da letra m minúscula após a letra denominativa. No caso do acorde ser diminuto ou aumentado, os símbolos dim, 5° ou 5 dim, no caso dos diminutos, e +, +5 e 5 aum são empregados para os aumentados. Para novas notas acrescentadas ao acorde, coloca-se o número equivalente ao intervalo entre esta nota e a fundamental do acorde, como, por exemplo, o número 7 indicará um acorde com 7ª. Ainda, a depender do intervalo, caso ele seja menor, acrescenta-se um sinal de - antes do número (-7 é a cifra para 7ª menor) ou + para os casos de intervalos aumentados.
= A
Si = B (sistema inglês)
Si = H (sistema alemão), sendo B equivalente a si bemol.
= C
= D
Mi = E
= F
Sol = G
Am = lá menor
G7 = Sol maior com sétima
C7M = dó maior com sétima maior
Dm5+ = ré menor com quinta aumentada

quarta-feira, 25 de abril de 2012

O que são acordes diminuta


Acorde Diminuto é o acorde musical formado de um intervalo de 3a menor5a diminuta e 7a diminuta. Isto é a distância entre a fundamental e a terça é de 1 tom e meio, de 3 tons entre a fundamental e a quinta e de 4 tons e meio entre a fundamental e a sétima. Outra particularidade que pode ser estabelecida para auxiliar na produção do acorde é o fato de haver sempre 1 tom e meio entre as notas formadoras. Isto é, da fundamental para a terça, da terça para a quinta e da quinta para a sétima, a distância é de 1 tom e meio.
Grafia exemplo: Do diminuto
Cm(b5,b7) ou Cº

Acordes Diminuta












segunda-feira, 23 de abril de 2012

O que são vocalises



Vocalises são pequenas linhas melódicas utilizadas para colocação e impostação da voz . Essas pequenas melodias, cantadas com continuidade e frequência, vão colocando o som e fixando-o no local correto.
Os vocalises devem ser feitos diariamente, de preferência pela manhã. Para iniciar, aconselhamos 10 minutos de respiração e técnica vocal pela manhã para a colocação da voz falada e meia hora no fim do dia, todos os dias.
Como aquecimento, por ocasião de apresentações, deve-se cantar a música da apresentação várias vezes, vocalizando-a com RRRRRR, MMMMM, UUUU e com a letra. Cantá-la dois ou três tons acima também funciona como vocalise, e vai abrindo a ressonância superior. É importante, ainda, prestar atenção à força da voz -todo cuidado é pouco. O aquecimento da voz, deve ser individual, sem força e com suavidade. Pedimos atenção para os aquecimentos feitos em corais ou grupos vocais, quando se dá mais volume à voz do que o necessário, terminando por colocá-la no local errado. Somente profissionais muito bem qualificados saberão trabalhar com um vozes em conjunto.

Vocalises


Dicas para Cantar Bem!!



domingo, 22 de abril de 2012

Cuide de sua Voz


Ar condicionado:
Ele retira a umidade do ambiente e quando se está em um ambiente fechado por muito tempo, como por exemplo no estúdio, ele resseca a laringe, pessoalmente, eu prefiro gravar com o ar condicionado desligado por mais que esteja calor. A sensação de garganta seca incomoda muito para quem precisa da voz 100% principalmente em gravações. Caso seja inevitável ficar num ambiente assim é aconselhável beber água (temperatura ambiente) em pequenos goles durante todo o tempo.

Álcool:
As bebidas alcoólicas desidratam e anestesiam a mucosa laríngea. Nessas condições pode-se cometer o abuso vocal, pois a sensibilidade está diminuída, provocando rapidamente a “roquidão” e em longo prazo danos nas cordas vocais. É mito dizer que conhaque, uísque, vodka ou outra bebida alcoólica aquecem a voz. Simplesmente há a perda da inibição, que deixa a pessoa “solta” para execuções que antes estaria insegura e o aumento da temperatura interna do corpo pelo efeito vasodilatador.

Coquetel de Sprays e “balinhas”:
Quanto mais age as propriedades anestesiantes, desinfetantes e, em alguns medicamentos, antiinflamatórias, passa-se a abusar inconscientemente da voz. O problema é fazer uso da voz sobre o efeito do medicamento que no mesmo caso do álcool provoca o uso desmesurado da voz durante o tratamento.

Automedicação:
Pegando carona no item acima… Confirme as informações e receitas que passam geralmente de boca em boca com um médico devidamente habilitado.

Chás:
Uma bebida quente é sempre bem vinda, mas deve estar em temperatura agradável para não agredir a mucosa da boca e da laringe.

Gelados:
Não que você deva parar completamente de beber ou comer qualquer coisa gelada, mas quando for fazer uso da voz evitar o choque térmico.

Fumo:
Ele é o principal causador do cancro da laringe. Interfere na laringe diretamente, causando irritação, edema, tosse, aumento de secreções e infecções. Sem mais…

Gargarejo:
Muito importante para a assepsia da garganta tira restos de comida e secreções que podem facilitar a proliferação de bactérias e provocar alguma infecção. Se possível faça diariamente pelo menos antes de dormir. O mais indicado é o de Água morna (100 ml) e sal (uma pitada)
pois não destrói a mucosa do trato vocal.

Maçã:
Comer uma limpa o trato vocal, ajuda combater a secura, além de ser adstringente (a pectina) que ajuda a reduzir saliva espessa que dificulta os movimentos da boca e faringe.

Laranja e limão:
são bons para eliminar secreções, mas também agridem a mucosa laríngea dependendo da acidez.

Chocolate, leite e derivados:
As gorduras contidas nesses alimentos leite aumentam a viscosidade do muco do trato vocal prejudicando a ressonância e a articulação.

Comer antes de cantar:
Alimentos pesados ou em grandes quantidades tornam a digestão mais lenta e a barriga cheia dificultam a movimentação do diafragma, além de provocar gases e o depósito de fragmentos na garganta.

Aquecendo a sua Voz


Para fazer os exercícios aconselho usar intervalos de ½ tom. Sendo assim começar por uma nota, da sua extensão vocal, que requer médio esforço de execução e subir 4 semitons, repita o exercicío meio tom acima  até  começar a sentir um maior esforço e parar… pois não é necessário ir até seu limite vocal. Fazer cada uma das emissões lentamente e apenas uma vez.

Exemplo:  Nota de médio esforço: Dó 4
                     Exercício: Dó – Dó# – Ré  -Ré# > sobe meio tom> Dó# – Ré  -Ré#-Mi > sobe meio tom> Ré  -Ré#-Mi- Fá> …

Emissão 1 :Brrrrrr
Para vibração dos lábios. Eles devem ficar relaxados, para que a passagem de ar entre eles faça-os vibrar com imitando a aceleração de um carro… sem as oscilações, claro!
Emissão2: RrrrrrrPara vibração da língua, como uma pronúncia exagerada da letra R.
Emissão 3: Mmmm ( ou boca quiusa)Para que a pessoa sinta a vibração da letra M no “rosto” ou o que chamamos de máscara. Importante não deixar que essa vibração não fique com o som anasalado .
Emissão 4: Vvvvvvv
Mesmo que o exercício acima só que com a consoante “v”.
E por fim…
Emissão 5: Mmm+ (vogal de sua preferência)
Depois de familiarizado com os sons fechados, começar com os sons abertos. Escolha uma vogal que você tenha maior facilidade de pronunciar  ligando-a com o “M” para manter a vibração na mascará. Exemplo: Mmmaaaaaa… 
 Observação:
Para realização dos exercícios, é importante manter o apoio vocal  que basicamente consiste em contrair a barriga, relaxando quando o ar inspirado acabar.
Colocar a vibração do som exclusivamente na garganta é  um convite a rouquidão.
A qualquer sinal de dor procure um médico.

Exercícios de Aquecimento Vocal

 
A. - Alongamentos
- Com ombros relaxados, e braços soltos ao longo do corpo, deixar a cabeça pender para o lado direito (ouvido no ombro), por 20 segundos, para o lado direito por mais 20 segundos, para frente por 20 segundos e por último para trás (boca aberta e pensar em apontar o queixo para o alto, sem esmagar a nuca)

- Circular de ombros: com movimentos primeiro o direito cinco voltas para trás, e cinco volta para frente. Com o ombro esquerdo a mesma movimentação. Circular os ombros juntos para trás devagar, respirando três vezes e para frente três vezes.

- Espreguiçar com os pés bem firmes no chão, os braços empurrando o centro com as costas arqueadas e cabeça relaxada. Depois erguer os braços e espreguiçar respirando fundo e relaxar. (pode espreguiçar fazendo som)

- Caretas. (utilizar a língua também) 20 segundos

R. - Respiração
- Soltar o ar e inspirar tranquilamente 3x.

- Apnéia: Inspirar em 4 tempos, reter o ar em 4 tempos, soltar em 4 tempos e contar sem ar 4 tempo. Repetir a seqüência 5 vezes.

- Controle de saída de ar: Inspirar normal, uma vez só e sempre a mesma quantidade: e soltar em 3 x iguais, depois em 5x, 7x e 9x (o importante é inspirar sempre a mesma quantidade de ar independente de quantas vezes está dividida a expiração)

- Controle de entrada de ar: Inspirar dividindo a inspiração em 3 entradas diferentes. Soltar em s, x, f. A quantidade máxima de ar tem que ser a mesma do exercício anterior. (ficar atento para não deixar a respiração subir para o ombro)

R. - Reverberação
- Inspirar tranqüilo e soltar o ar em z, g, v.

- M boca fechada: movimentos de mastigação com a boca fechada e com o som de M. focar bem nos lábios (pode e deve coçar a boca)


- BR: movimento do lábios de BR sonoro. Oscilar 3x no tom grave, 3x no tom da fala, e 3x no agudo (o grave e o agudo devem ser os que se fala e não sons forçados)

- Ascendente: ainda em BR do grave para o agudo direto e em uma respiração.

- Descendente: ainda em BR do agudo para o grave

A. - Articulação

- Circular de língua: língua dentro da boca, lábios fechados, passar a língua da direita para a esquerda por dentro dos lábios à frente dos dentes. 5x para cada lado

- Bochechão: língua dentro da boca empurrar as bochechas tentando não mover o maxilar. 10x para cada lado

- TR: língua no céu da boca virar em tom de fala

- palavras: repetir rapidamente e bem articulado

TRaTLa TReTLe TRiTLi TRoTLo TRuTLU
A mesma variação de vogais (A, E, I, O, U) com as ordens:

BR- BL // PR-PL // DR- DL // VR-VL // ZR-ZL

- articuladamente conversar com as palavras:

PATAKA
BRADRAGRA
PLATLACA
MANANHA

- cada um escolhe uma palavra livre, ou que tenha dificuldade de pronunciar e todos juntos repetem essa mesma palavra 5x o mais rápido possível.

Tocar Violão e Cantar




Para bem desenvolver a arte de cantar e tocar violão simultaneamente, é necesário o aprendizado de teorias e técnicas, além de exercícios e práticas específicas. Muitas pessoas sentem dificuldade aotentar dar conta dessas duas tarefas ao mesmo tempo.
Para alguns, o canto sincronizado com execução de um instrumento acontece naturalmente. Outros, porém, apenas conseguem realizar tal proeza quando são ensinados e estimulados a desenvolverem essa habilidade.Cantar bem exige alguns predicados, assim como tocar. Desempenhar as duas empreitadas requer a somatória das destrezas, afora treino e esforço por parte do músico. ? Com metodologias e aprendizados definidos, é possível obter excelentes resultados.
Ritmo e Voz
É importante treinar a voz e violão separadamente. Um bom expediente é gravar a base da música e cantar prestando muita atenção na interpretação. É extremamente aconselhável aproveitar o momento e fazer um mapa da respiração, analisando a letra da composição e assinalando, por meio de uma barra, cada pausa utilizada para inspiração. Desta maneira, pode-se perceber se alguma frase é cortada. Caso o problema aconteça, os trechos devem ser resstudados até que soem o mais naturalmente possível.
Uma boa dica é usar a canção original como parâmetro, a fim de observar a performance do artista.
As passagens mais complexas de ritmo precisam ser trabalhadas separadamente. É fundamental – e muito produtivo – cantar lentamente e articular as palavras prestando atenção no sentido e na sonoridade do texto. Músicas com letras características percussiva ou suingada requerem um cuidado maior e mais lentidão no aperfeiçoamento da dicção.
Um bom exercício é cantar com um lápis ou uma caneta entre os dentes, exagerando um pouco a articulação das palavras. Ao tentar novamente sem o objeto, é possível perceber maior facilidade na pronúncia da letra. Essa prática, comum nas aulas de locução, visa “destravar” a língua.
Ao fazer a coordenação das duas tarefas – cantar e tocar-, deve-se verificar ? as partes que exigem tratamento diferenciado para que sejam estudadas lentamente. A utilização de algum tipo de playback, ou até mesmo da gravação original, é essencial para a prática do ritmo da música. Em seguida, o estudante pode tocar desacompanhado e, aos poucos, incorporar a letra ? execução instrumental. Os trechos mais complicados precisam ser assimilados separadamente até se tornarem de execução natural e, após isso, mesclados.
Postura
? É muito comum observar músicos curvados, buscando com isso, melhor visualização do braço doviolão. Tanto sentado quando em pé, porém, a postura ereta é necessária. Além disso, é indispensável respirar livremente, pois o diafragma precisa trabalhar de forma adequada.
Um excelente exercício para verificar o posicionamento do músico em relação ao instrumento é tocar e cantar em frente a um espelho. Caso haja a possibilidade de realizar uma filmagem, melhor. Desse modo, fica fácil perceber se as costas estão curvadas para, utilizando técnicas de relaxamento e reeducação postural, corrigir o problema. A avaliação da respiração também é importante. Se estiver muito presa, é por que há tensão na região do pescoço.
O mesmo vale para a prática com pedestal e microfone. Se possível, o músico deve realizar essa tarefa vendo seu reflexo ou fazer uma gravação de vários takes e em ângulos. Dessa maneira, é possível enxergar erros e exageros tanto na postura quanto na voz. A auto-avaliação é fundamental para o progresso, mas ouvir opiniões externas e analisá-las é enriquec

Principais problema e possíveis soluções





Problema: cordas muito afastadas do braço em guitarras ou violão elétrico, gerando desconforto ao tocar
Para aproximar as cordas do braço usa-se o ajuste de altura da ponte.

Na maioria das guitarras o ajuste de distância entre as cordas e o braço é feito para cada corda separadamente através de dois pequenos parafusos que controlam a altura de cada corda.

Em pontes de guitarras do tipo Les Paul ou similares são comuns apenas dois parafusos para o controle da altura de toda a ponte, afastando ou aproximando do braço todas as cordas de uma só vez.

Ao executar este ajuste tenha em mente que uma distância muito pequena entre as cordas e o braço, embora mais confortável, pode gerar o problema conhecido como trastejamento que prejudica demasiadamente o som do instrumento gerando sons "fantasmas" bastante incômodos.




Problema: cordas muito próximas do braço, gerando ruído de trastejamento
Trata-se do problema mais comum em guitarras.

Geralmente pode ser feito um pequeno ajuste na ponte inverso ao explicado acima para aumentar um pouco a distância entre as cordas e o braço. Caso seja necessária uma distância grande demais entre as cordas e o braço para evitar o trastejamento, é possível que o braço do instrumento esteja com problemas.

Um outro problema que pode gerar trastejamento é o desgaste do capotraste, peça de plástico, marfim ou osso próxima a extremidade do braco, por onde passam as cordas. Em instrumentos antigos, com a afinação constante e o atrito das cordas sobre o capotraste, o mesmo pode se gastar, fazendo com que a corda o corte e permitindo que a corda fique mais próxima aos trastes, gerando trastejamento. Pode-se trocar o capotraste ou (a título de experiência) retirá-lo (a maioria fica solta quando afrouxadas todas as cordas) e colocá-lo novamente sobre uma camada de papel ou papelão (para que fique um pouco mais alto, afastando um pouco as cordas do braço).

Os capotrastes de osso ou marfim (comuns em instrumentos mais antigos) podem também se deteriorar (esfarelando e permitindo que as cordas fiquem mais próximas dos trastes) em virtude de contato com o óxido das cordas.

Em alguns modelos de guitarras e baixos existe uma peça de metal responsável por puxar para baixo algumas cordas de forma que melhore o contato das mesmas com o capotraste. Quando retirada esta peça podem ocorrer problemas de trastejamento. Colocacão errada das cordas (quando presas na parte de cima da tarracha ao invés da parte inferior) podem também gerar problema semelhante.




Problema: cordas que não afinam ou que perdem a afinação rapidamente
A causa mais comum e óbvia são cordas de má qualidade. Se for este o caso troque de marca.

Um outro problema muito comum mesmo entre músicos com alguma experiência é a falta de cuidado quanto a colocação da corda na tarracha. Uma má colocação (geralmente poucas voltas sobre a tarracha) pode gerar falta de contato entre corda e tarracha permitindo que a corda se afrouxe.

A sua maneira de tocar pode influenciar definitivamente na perda da afinação principalmente se em conjunto com os problemas acima.

Consta entre alguns guitarristas e violonistas a informacão de que umidade excessiva pode prejudicar a afinação. Exemplos: tocar em ambientes próximos ao mar ou próximos a máquinas de gelo seco.




Problema: cordas isoladas afinam perfeitamente mas ao afinar uma corda as desafinam

É natural que ao afinar uma corda com o aumento de tensão todas as outras cordas se afrouxem um pouco (devido ao corpo e braço do instrumento naturalmente cederem um pouco à nova tensão se encurvando). Isso é fácil de perceber quando se têm todas as cordas desafinadas e se afina uma por uma. Após afinar a última corda é necessário reafinar todas as outras já afinadas. De forma geral, porém, isso só precisa ser repetido uma ou duas vezes no máximo.

Este problema se complica em caso de guitarras com ponte flutuante (com alavanca). Visto que a ponte flutuante normalmente cede com o aumento de tensão em uma corda, as outras cordas tendem a afrouxar, desafinando, o que não ocorre na mesma intensidade em instrumentos de ponte fixa (onde apenas o braço e corpo do instrumento cedem à tensão das cordas conforme explicado).

Caso a ponte esteja muito frouxa (macia) obviamente irá ceder mais à tensão das cordas que estão sendo afinadas. Em alguns casos torna-se impossível afinar corretamente o instrumento sem que se aumente a tensão na ponte.

Problema: as cordas estão perfeitamente afinadas quando soltas ou quando nas casas mais externas, porém desafinadas quando se toca na mais interna do braço

Neste caso é necessário o ajuste do comprimento das cordas na ponte (também conhecido por ajuste de oitava).

A maioria das pontes tanto de guitarras possui um ajuste em cada corda que permite que o descanso da mesma seja deslizado para frente ou para trás, encurtando ou aumentando o comprimento da corda. Geralmente este ajuste é feito por um pequeno parafuso paralelo à corda que prende o descanso da mesma à ponte. Em caso de algumas pontes flutuantes o leito de cada corda deve ser apenas solto (afrouxando um parafuso ou dois que o prendem) e deslizado manualmente sendo posteriormente preso de novo.

Este ajuste de comprimento das cordas é necessário para que a corda esteja afinada tanto na posicão solta como quando apertada em qualquer traste.Trata-se de um erro muito comum entre músicos iniciantes (ou nem tanto) ajustarem a ponte de forma que todos os leitos de todas as cordas fiquem alinhados, o que gera uma melhor aparência (e por outro lado impede que o instrumento seja corretamente afinado).

O procedimento (individual para cada corda) para verificar este ajuste em um instrumento consiste no seguinte. É recomendado obviamente o uso de um afinador cromático para precisão no teste.

a) Afine perfeitamente a corda solta.

b) Aperte a corda na décima segunda casa (geralmente diferenciada). Apertando a corda na décima segunda casa você deverá gerar a mesma nota da corda solta (o que deve ser verificado no afinador cromático). Obviamente a nota deverá ser a mesma uma oitava acima (12 meios tons), o que não faz diferença para o afinador cromático.

c) Caso a corda apertada na décima segunda casa não esteja perfeitamente afinada (e estando afinada quando solta) isso indica que o ajuste do comprimento da corda precisa ser refeito.

d) Caso a nota conseguida na décima segunda casa tenha ficado abaixo da nota esperada, você deverá encurtar o comprimento da corda (trazendo o leito da mesma em direcão ao braço da guitarra).

e) Caso a nota conseguida na décima segunda casa tenha ficado acima da nota esperada, você deverá aumentar o comprimento da corda (fazendo o inverso do descrito no item anterior).

f) Afine novamente a corda solta (que tera desafinado em virtude do ajuste) e repita todo o procedimento até que a corda apresente exatamente a mesma nota tanto na corda solta quanto na décima segunda casa. Quando isto ocorrer a corda estará perfeitamente afinada em qualquer casa do braço (desde que se trate de um bom instrumento e com o braço perfeitamente ajustado, claro).

g) Repita o procedimento para cada corda.

Problema: as cordas precisam estar muito afastadas do braço para evitar trastejamento. Quando colocadas a uma distância confortável as cordas trastejam

Caso o problema seja apenas a distância das cordas ao braço veja o ajuste mais simples anteriormente recomendado. O ajuste a seguir se aplica apenas quando é impossível colocar as cordas a uma distância confortável do braço sem que as mesmas trastejem.

Ao contrário do que sugere o senso comum o braço perfeito de um bom instrumento não deve ser reto e sim ligeiramente côncavo quando afinado.

Importante: todos os testes e ajustes a seguir devem ser feitos com o instrumento afinado visto que a tensão das cordas vai influir na curvatura do braço.

Para verificar a concavidade aperte a corda mais grossa do instrumento no primeiro traste e no último traste ao mesmo tempo. Verifique então qual a distância entre a corda e o traste do meio. O correto é que exista uma pequena distância de 1mm a 2mm que indica justamente a concavidade correta do braço.

A falta desta concavidade ou uma concavidade muito pequena ou muito grande podem gerar o trastejamento. Com o braço perfeitamente ajustado e com a concavidade correta em bons instrumentos é possível usar distâncias mínimas entre cordas e braço sem nenhum problema de trastejamento.

Para o ajuste da concavidade é usado o tensor, peça de metal existente no interior do braço e que pode ser apertado ou afrouxado.

O tensor deve ser ajustado através de aperto em uma de suas extremidades através de uma chave allen adequada. A extremidade do tensor geralmente está localizada na extremidade do braço, em alguns casos protegida por uma pequena placa aproximadamente triangular de plástico. Geralmente será preciso tirar uma ou duas cordas para retirada desta placa e acesso ao tensor.

Mais raramente o tensor deve ser ajustado através de uma abertura existente entre o corpo e o braço do instrumento. Mais raramente o ajuste do tensor necessita da retirada do braço do instrumento (o que dificulta o trabalho pois será necessário recolocar o braço para testá-lo antes de fazer um novo ajuste).

De forma geral quando apertado o tensor aumenta a concavidade do braço. Mas verifique se o efeito não está sendo inverso ao que você deseja.

O ajuste do tensor quando mal executado pode prejudicar (talvez irremediavelmente) o instrumento e portanto precisa obedecer a algumas regras de segurança extras:

a) Muita paciência. Aperte vagarosamente o tensor (apenas um quarto de volta de cada vez) e espere algum tempo (algumas horas de preferência) para que o braço se adapte à nova tensão. Só então verifique qual foi o efeito do ajuste (verifique a concavidade conforme explicado acima), se será necessário continuar com o mesmo ou se já alcançou o desejado. Recomendo que você prefira gastar um ou dois dias fazendo o serviço a correr o risco de estragar o tensor.

b) A cada etapa experimente demoradamente o instrumento, experimente aproximar as cordas e teste a afinação. Verifique se o problema melhorou ou piorou, ou se surgiram novos problemas.

c) O ajuste do tensor exige geralmente um bocado de força. Muito cuidado porém para não estragar a chave, a porca ou mesmo o tensor em virtude de força exagerada.

d) Ao torcer o tensor tome o cuidado de segurar o braço do instrumento firmemente pela mesma extremidade aonde esta apertando o tensor (para evitar torcer o braço ao invés do tensor). Jamais segure o instrumento pelo corpo.

Baixos de seis cordas e instrumentos mais preciso podem apresentar vez por outra dois tensores que devem ser ajustados individualmente para controlar além da concavidade a direção do braço em relacão ao corpo do instrumento. Este ajuste é bem mais complicado do que o ajuste de um único tensor e não o recomendo a leigos.

Problema: Ponte flutuante (alavanca) dura demais ou macia demais. A alavanca muito macia pode gerar problemas de afinação

De forma geral o ideal é que a ponte fique paralela ao corpo do instrumento. Contudo devido a jogos de cordas mais finos ou mais grossos bem como gosto pessoal do músico este ajuste pode precisar ser feito. A resposta da alavanca pode ser modificada de três modos.

a) Acrescentando ou retirando as molas que prendem a ponte ao corpo do instrumento. Geralmente existe espaço para cinco molas sendo que apenas três são usadas. Proteja os olhos e cuidado com os dedos ao retirar ou acrescentar molas; visto as mesmas serem bastante duras, é fácil se ferir caso elas escapem e saltem de seu suporte ao serem colocadas ou retiradas.

b) Apertando ou afrouxando os parafusos que prendem as molas ao corpo do instrumento. Este método é mais preciso e recomendado. Cuidado para não afrouxar demais o parafuso permitindo que a mola correspondente o arranque da madeira (o que irá prejudicar a sua colocação posteriormente).

c) Colocando molas mais duras ou mais macias ou mesmo amaciando as molas existentes.

Para ter acesso à molas citadas na maioria das guitarras basta tirar a tampa de plástico ou metal na parte de trás do corpo.

Tenha em mente que afrouxando demais a ponte haverão problemas de afinação conforme explicado anteriormente.

Problema: O instrumento apresenta chiados quando ligado ao amplificador.
O motivo mais comum é simplesmente cabo com mau contato ou curto-circuito. Prefira cabos de boa marca (mais caros) e blindados.

Experimente também limpar os contatos dos potenciômetros e chaves seletoras de captadores com produto adequado vendido em lojas de eletrônica.

Experimente ainda tocar na parte metálica do plugue aonde é ligado o cabo no instrumento. Caso o ruído diminua você poderá acrescentar um fio ligando a ponte do instrumento à carcaça (neutro) do plugue, o que fará com que o corpo do músico funcione como aterramento, diminuindo a interferência sempre que ele toque nas cordas. Este detalhe presente na maioria dos instrumentos geralmente passa desapercebido e quando se faz troca de captadores ou reformas, maus profissionais não se lembram de ligar a ponte à parte elétrica. Note por outro lado que esta ligação irá causar pequenos choques elétricos no músico.

Apenas com um esquema elétrico da guitarra em questão (ou examinando um modelo similar) é possível saber aonde deve ser feita a ligação correta do aterramento na guitarra. Na maior parte dos casos a ligação pode ser feita ao corpo do plugue, mas isso não é um caso geral e o resultado por não ser o ideal.

A maneira mais correta de resolver o problema é providenciar o que se chama de blindagem da parte elétrica do instrumento. Consiste em revestir de pintura metálica própria ou com uma camada de papel alumínio adesivo toda a cavidade onde se aloja o circuito do instrumento de forma que este fique protegido contra interferências externas. O circuito do instrumento deverá então ser aterrado na sua blindagem. Infelizmente não tenho maiores informações sobre como proceder a blindagem.

Uma dica muito boa é pegar um arame tipo aquele que vem em cadernos escolares e envolver no início do cabo onde liga no violão ou guitarra(parte do ferro). Depois disso pegue a outra parte do arame que esta envolto e coloque dentro da calça de forma que fique em contato com o corpo. Prnto, agora verifique se o chiado sumiu e toque a vontade.

Problema: o instrumento apresenta chiados quando ligado ao amplificador. E quando se toca nas cordas o problema diminui
O chiado de forma geral é causado por interferência de outros aparelhos elétricos e eletrônicos próximos. Instrumentos com captadores simples costumam apresentar mais problemas de interferência do que captadores duplos. Com uma correta blindagem em sua parte eletrônica o problema diminui. Aterrando o amplificador o problema também diminui (em casos de amplificadores com tomada de apenas dois pinos sem terra procure um pequeno fio extra). Você pode tentar também ligar o amplificador a uma outra tomada.

Caso haja um grande variação do ruído quando você toca ou deixa de tocar qualquer parte metálica do instrumento (incluindo cordas) é provável que o problema seja realmente o explicado acima. As cordas (juntamente com ponte e tarrachas por estarem todos em contato) são ligadas eletricamente ao circuito do instrumento de forma que o corpo do músico seja usado como aterramento ao tocar, diminuindo o chiado. Normalmente o contato é feito através de um fio preso entre a madeira e a ponte da guitarra ou baixo.

Problema: o instrumento dá choques
Infelizmente isso é natural conforme explica o item acima e servem as mesmas dicas. O contato elétrico entre a ponte (e consequentemente cordas) e o circuito do instrumento é usado para eliminar o chiado. Possivelmente aterrando o amplificador você eliminará o problema de choques. Por outro lado basta tocar calçado ou não tirar os dedos completamente das cordas visto que o choque desagradável ocorre apenas na hora da faísca quando se toca as cordas repentinamente.

Problema: Som apagado, nível baixo, sem agudos, sem brilho.
As causas mais comuns são cordas de má qualidade ou gastas bem como problemas ou equalizações erradas no amplificador. Verifique estes itens inicialmente. Verifique também os potenciômetros, procedendo a limpeza conforme explicado anteriormente. Uma maneira de tentar melhorar o som é levantar os captadores ou baixar as cordas de forma que as cordas e captadores fiquem mais próximos. Distâncias muito pequenas porém podem prejudicar o som. Para levantar ou abaixar os captadores use os parafusos localizados em suas extremidades.

OBS: Vale lembrar que muitos dos problemas, soluções e cuidados apresentados acima servem tanto para guitarras e baixos como para violão elétrico. Portanto, preste atenção em tudo que foi dito, pois pode ser de vital importância para a vida de seu instrumento!